Hanói, 29 mar (Prensa Latina) Com menos barulho e mais libras, os Backstreet Boys reciclaram velhos sucessos, poses e passos, depois de receber uma injeção de auto-estima do entusiasta público vietnamita.
O último concerto da turnê mundial "This is us" vendeu-se por completo, pois muitos quiseram ver ao vivo, ainda que fora com 15 anos de atraso, a uma banda que marcou tendência no pop.
Febre passageira, arranjos predizíveis e com efeitos, caras lindas e passos ensaiados, vozes afinadas mas comuns: acusaram-nos de tudo, mas em seu momento foram os meninos mimados do mercado.
Foram ferozmente imitados em formato, projeção e estilo, ainda que agora os Backstreet Boys acusam o passar dos anos, a perda de popularidade e certas metamorfoses chocantes.
Mas a gente sempre agradece todo o que lhe recorde seus paraísos perdidos, e o concerto em Hanói foi uma viagem no tempo onde os Backstreet Boys se permitiram até se debochar de si mesmos.
Faltou Kevin, mas estiveram Howie D., A.J., Brian e Nick, nomes idolatrados por milhões de adolescentes durante os anos 90, quando ousaram roubar de Michael Jackson o trono do pop.
"Foi uma boa experiência, foi algo diferente, e nos divertimos", assegurou A.J. a Prensa Latina pouco depois do concerto, surpreendido enquanto percorria o mercado noturno do Dong Xuan.
Porque aparte de apresentar-se em Cidade Ho Chi Minh e Hanói, os Backstreet Boys aproximaram-se à cultura e história deste país, que somente conheciam através de uma
versão: a do invasor.
Aqui sentiram de novo algo parecido ao embriagador status de estrelas que perderam ante outros engendro da indústria, com o básico para se vender, mas sem madeira para transcender.
Mesmo assim, os Backstreet Boys são por muito o mais famoso -musicalmente falando- que tem atuado no Vietnã, e oxalá desfrutem seu momento, porque em abril vem Bob Dylan, e após isso... o dilúvio.
Créditos: Prensa Latina
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